Há algo de podre em um país quando o litro de gasolina custa mais que uma garrafa de cerveja.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Palavra de Honra

Depois de deixar os integrantes do PMDB tiriricas da vida pelo que vem fazendo na corrida da legenda pelo poder no governo Dilma, Michel Temer, bate de frente e deixa irada parte da bancada do seu partido. Agora que é vice, ele acha que o PMDB é seu mesmo.
Na quarta-feira, ele já disse que não vai renunciar à Presidência da legenda; vai só licenciar-se do cargo. Assim ele falta com a palavra empenhada naquele acordo com caciques e morubixabas da facção em fevereiro, quando negociava apoio à reeleição.

Na época, havia um verdadeiro carnaval para que ele renunciasse ao comando do PMDB assim que o seu nome se consagrasse como vice de Dilma. O mexe-mexe foi feito para abrir a brecha para o senador Romero Jucá, donatário de Roraima, pegar o seu lugar. Temer só foi reconduzido à presidência do PMDB por causa dessa trama.

A falta de palavra de Temer tem um lado bom, um ótimo e um ruim: o bom, mostra que a palavra de honra de Temer tem a cara dele; o ótimo é que Romero Jucá está bailando na curva. O lado ruim é que Michel Temer pode continuar como presidente do partido. E um troço ruim assim é péssimo.