"A presidente teve a delicadeza de me ligar".
Celso Amorim - na Fiesp, já defenestrado do Itamaraty, rebolando para mostrar fairplay diante da sapatada que precisou levar da primeira-presidenta para largar o osso.
"O aumento é para todos. Vamos equiparar todos com o teto e acabar com essa lambança de quatro em quatro anos ter de discutir o valor".
Nelson Marquezelli (PTB-SP) - quarto-secretário da Mesa e responsável pela elaboração do projeto de reajuste dos salários de parlamentares e da primeira-presidenta, falando como se rendessem mais para o País do que os trabalhadores brasileiros de R$ 510 mensais.
"Ministério do Turismo é que deve explicar documento de entidade fantasma".
Alexandre Padilha - imitando Gim Argh!ello em tudo e por tudo e antes de ouvir o velho bordão "vai pra casa, Padilha!" - tentando justificar a aprovação de convênios de R$ 3,1 milhões com sua assinatura para um instituto fantasma.
"Se o telefone tocar, eu atendo".
Conca - jogador do Fluminense, dando corda para Mano Menezes se enforcar. Humilde como um brasileiro, Conca pensa que deixou de ser argentino.
"O PAC foi uma confraria bem intencionada dos governos federal, estaduais e municipais, empresários e trabalhadores, que resultou em uma cumplicidade em defesa do Brasil e nos resultados 'nunca antes vistos' do programa".
Presideus Lula - diante de seus apóstolos, inaugurando mais uma pedra fundamental do enésimo PAC - Promessa de Aceleração do Crescimento. O ato falho deixou no ar a pista da "cumplicidade". No contexto, porém, faz sentido.
"Essa grandeza é que fez o PAC dar certo e tenho certeza que é essa grandeza que vai fazer com que esse país continue dando certo e continue avançando".
Presideus Lula - no mesmo banco, na mesma praça, falando como se estivesse em mais uma edição do programa "Café com o presidente". Julgando-se acima do Papa que até camisinha já recomenda para "certas ocasiões", Lula liberou geral o PAC de tanto que deu e vai continuar dando. Vai acabar ficando largo. O programa, é claro.