PALAVRA DE HONRA: Divinal

domingo, 2 de janeiro de 2011

Divinal

"Amem a Dilma como vocês me amaram".
Lula, o Divino - ontem, em São Bernardo - paraíso metalúrgico, já ex-presidente, mas ainda presideus. Só faltou complementar: "... E a mim, sobre todas as coisas".

JURUNANDO

O que Mário Juruna não seria hoje?!? Se com um arcaico gravador na mão e uma idéia na cabeça pulou de cacique xavante a deputado federal pelo PDT carioca, hoje decerto seria tão presidente quanto Dilma é primeira-presidenta. Muito mais que Aécio ou Michel Temer, querem ser em 2014. Juruna, vindo de Barra dos Garças, filho de Apoenã, com um celular no bolso, deitado numa rede de Internet, seria o presidente que Lula levou oito anos para não ser. O gravador de Juruna foi a primeira grande evidência de que a palavra do político não merece o menor cartão de crédito corporativo. Juruna, hoje, seria o primeiro-presidente-índio do Brasil nativo. E nem precisaria de um Cabral na sua vida. Juruna morreu abandonado pela tribo, diabético e triste, como previu um dia: "eu vivo infeliz, vou morrer infeliz". Em 18 de julho de 2002, honrou sua palavra pela última vez.